CRA – Conselho Regional de Administração

CLIENTE:
CRA - Conselho Regional de Administração

Descrição do Projeto

Nova sede do Conselho Regional de Administração ganha fachada inspirada estrutura de uma folha de árvore.

Partido

O projeto partiu da segmentação de 02 blocos sendo um público e outro privado, divididos por uma laje de uso comum que permitirá o acesso tanto a área pública quanto a privada com os seus devidos controles de acesso. Através da Rua João Motta Espezim, será possível ter acesso a uma praça de uso público com vista panorâmica para o mar além de permitir o acesso controlado ao interior do edifício. Além de permitir o acesso público, esta praça possui a função de proteger, através de laje verde, a carga térmica que seria transferida ao auditório através da laje.

Todos os setores de atendimento público como Biblioteca, serviços ao público, posto bancário, setor de lojas,departamento jurídico e acesso ao auditório estão inseridos no primeiro bloco com acesso pela Avenida Professor Waldemar Vieira. A divisão do edifício em blocos atende a necessidade e o desejo de uso do foyer e auditório para eventos e apresentações de forma independente da área privada do edifício sem interferências ao uso do setor privado.

Concepção Projetual

Para o desenvolvimento do projeto, optou-se por conceitos básicos referentes às condições de Conforto Ambiental, seguidas pelos procedimentos abaixo:

1.Avaliação do Clima do Sítio para o qual o projeto está sendo inserido, através de suas variáveis climatológicas e metereológicas;

2.Avaliação das exigências humanas e funcionais de acordo com as condições de conforto ambiental requerida em função das épocas do ano e das atividades em questão;

3.O projeto do edifício representa a síntese do uso dos conceitos de sustentabilidade e conservação energética em função do uso da arquitetura. As soluções apresentadas seguem os critérios de conforto ambiental adequados ao projeto com características de atividades elaborativas;

4.Todo o desenvolvimento do projeto teve como base as diretrizes do modelo de certificação do Selo PROCEL e outros modelos de certificações quando necessários;

Auditório

O projeto do auditório teve como princípios básicos eliminar prontamente dois problemas acústicos, criando assim um espaço com boas condições de audibilidade para a palavra falada e música. A preocupação básica inicialmente foi com a absorção, portanto criaram-se elementos que pudessem ser distribuídos com características de reverberações e reflexões dos sons através de materiais e formas dimensionadas no auditório, como é caso das chapas perfuradas nas laterais, onde atrás das mesmas estariam materiais absorvedores, enquanto as chapas metálicas teriam a função de distribuir melhor a sonoridade dentro do espaço.

O Auditório que foi projetado para 448 lugares, obedeceu como princípios básicos as seguintes regras:

1. Auditório totalmente isolado ao meio externo;

2. Geometria adequada a sua forma e função;

3. Boa visibilidade para todos os setores dos usuários;

4. Tempo de reverberação adequado;

A estética da forma do Auditório apresenta-se com características de cores conservadoras, com materiais acarpetados e madeira, criando um ambiente equilibrado entre absorção e reflexão do som gerado em seu interior. As chapas metálicas perfuradas, que se apresentam onduladas nas laterais, partem da idéia da escama de um peixe que simboliza o mar em frente ao edifício projetado e com características que auxiliam uma melhor propagação do som no interior do auditório.

Plenário

O Plenário parte do conceito de um ambiente mais tradicional em função de suas características corporativas que integram a Presidência ao próprio Plenário, estando ligados por um Hall denominado Galeria dos Presidentes, que integra todo o andar servindo de ponto de encontro aos usuários que utilizarem este espaço. O Plenário tem capacidade total de 43 lugares.

Morfologia da Fachada

Partindo da idéia de análise de uma simples folha de uma árvore, encontramos potencial em definir uma fachada que representasse uma estrutura orgânica semelhante as nervuras dos vasos que se ramificam do caule (estrutura central) de uma folha.

O croqui demonstra a morfologia e o processo criativo que deram as fachadas Nordeste e Sudeste uma leitura arquitetônica que diferencia o prédio em sua própria estética.

Estruturalmente serve como amarração das fachadas, permitindo assim maior dimensionamento espacial em função de uma melhor distribuição das cargas através de vigas transversais.